sábado, 7 de junho de 2008

Isso é Arte?

Ainda falando sobre o texto “Estética” extraído do livro de Maria Beatriz de Medeiros, onde a mesma afirma que: “...arte aquilo que nós (eu, tu, ele, nós, vós, eles) designarmos como tal. Diremos então: é arte aquilo que o artista designar, mas tam­bém e somente aquilo que o público abraçar. É arte, para alguém, aquilo que esse alguém designar como tal”.

Estava navegando pela internet e me deparei com uma reportagem, onde fala que um “artista”, capturou um cachorro e deixou o mesmo morrer de fome durante a exposição. Pergunto-me, qualquer coisa pode ser considerada artes mesmo? Mesmo que o “artista” diga que isso é uma forma de arte, continuo com minha convicção que isso não passar de crueldade contra animais.

Veja a reportagem na integra:

Cão morre numa exposição

Uma estranha forma de arte

O artista Habacuc deixou um cão morrer à fome durante uma exposição. Os defensores dos direitos dos animais já lançaram uma petição online para que o artista seja banido da Bienal Centroamericana Honduras 2008.

Paula Cosme Pinto

O artista Guillermo Vargas, mais conhecido por Habacuc, está a dar que falar em todo mundo. O motivo desta atenção não são as suas obras de arte, mas sim o facto de ter deixado propositadamente um cão morrer à fome durante a sua última exposição.

A "Exposição nº1" teve lugar em Agosto, em Manágua, na Nicarágua. À entrada, os visitantes podiam ler a frase "És o que lês", seguindo-se um cenário pouco comum: entre as obras do artista estava um cão, faminto e doente, amarrado por uma corda a um canto da sala.

Mesmo após alguns apelos dos visitantes para que o animal fosse libertado, o artista recusou-se a fazê-lo justificando que se tratava de uma homenagem a Natividad Canda, um nicaraguense que morreu depois de ter sido atacado por um rotweiller. Ironicamente, o cão acabou por morrer à fome em plena exposição quando o título da amostra estava escrito numa parede através de uma colagem feita à base de comida canina.

Os motivos do artista

"O importante para mim é constatar a hipocrisia alheia: um animal torna-se o centro das atenções quando o ponho num local onde toda a gente espera ver arte, mas deixa de o ser quando está na rua", justificou o artista ao jornal costa-riquenho La Nación. "O cão está mais vivo do que nunca porque continua a dar que falar".

O caso chocou os defensores dos direitos dos animais, que se juntaram numa petição online para que Habacuc seja excluído da Bienal Centroamericana Honduras 2008, onde deverá ser um dos representantes da Costa Rica. Mais de setenta mil pessoas já assinaram o documento, repudiando o trabalho de Vargas.

Fonte:

Veja o vídeo sobre o assunto:

Oséias Almeida


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